O IBDP, que participa do processo, defende a n\u00e3o devolu\u00e7\u00e3o se estes tiverem origem em interpreta\u00e7\u00e3o err\u00f4nea, m\u00e1 aplica\u00e7\u00e3o da lei ou erro da Previd\u00eancia Social<\/em><\/strong><\/p>\n

A devolu\u00e7\u00e3o ou n\u00e3o de valores recebidos de boa-f\u00e9, a t\u00edtulo de benef\u00edcio previdenci\u00e1rio, por for\u00e7a de interpreta\u00e7\u00e3o err\u00f4nea, m\u00e1 aplica\u00e7\u00e3o da lei ou erro da Administra\u00e7\u00e3o da Previd\u00eancia Social ir\u00e1 novamente a julgamento no Superior Tribunal de Justi\u00e7a (STJ) neste 26 de setembro.<\/p>\n

O Instituto Brasileiro de Direito Previdenci\u00e1rio (IBDP), que participa como Amicus Curiae <\/em>no REsp 1.381.734\/RN, tema 979, defende que, assim como ocorre com os servidores p\u00fablicos, os benefici\u00e1rios da Previd\u00eancia Social est\u00e3o dispensados de qualquer devolu\u00e7\u00e3o quando eventuais excessos ou mesmo benef\u00edcios, tidos por indevidos, tiverem origem em interpreta\u00e7\u00e3o err\u00f4nea, m\u00e1 aplica\u00e7\u00e3o da lei ou erro da Previd\u00eancia Social, sem que tenha restado comprovado pelo INSS qualquer m\u00e1-f\u00e9 por parte dos correspondentes favorecidos.<\/p>\n

\u201cJ\u00e1 se tem sedimentada id\u00eantica linha de racioc\u00ednio no \u00e2mbito do STJ, no que toca \u00e0 desobriga\u00e7\u00e3o de devolu\u00e7\u00e3o de valores recebidos por erro da Administra\u00e7\u00e3o P\u00fablica, muito embora o destinat\u00e1rio de tal orienta\u00e7\u00e3o jurisprudencial sejam os servidores p\u00fablicos\u201d, explica Diego Cherulli, diretor do IBDP.<\/p>\n

Para ele os segurados da Previd\u00eancia Social precisam ter os mesmos direitos nesse caso que os servidores p\u00fablicos. Se n\u00e3o cabe devolu\u00e7\u00e3o quando o beneficiado pela interpreta\u00e7\u00e3o err\u00f4nea foi um servidor p\u00fablico com mais raz\u00e3o a l\u00f3gica se aplica aos benefici\u00e1rios do INSS\u201d, afirma o advogado. Ele refor\u00e7a que os aposentados e\/ou pensionistas, principalmente, n\u00e3o ter\u00e3o sequer como se manter ou mesmo de onde descontar eventuais valores que lhe teriam sido pagos equivocadamente, pois ficar\u00e3o sem qualquer benef\u00edcio.<\/p>\n

Cherulli lembra que a pr\u00f3pria Advocacia Geral da Uni\u00e3o (AGU), por meio da S\u00famula n\u00ba 72, de 26\/09\/13, restabeleceu a sua s\u00famula n\u00ba 34, refor\u00e7ando o entendimento a respeito da desnecessidade de devolu\u00e7\u00e3o de valores percebidos de boa-f\u00e9.<\/p>\n

O tema volta a julgamento ap\u00f3s prorroga\u00e7\u00e3o do prazo para o Min. Benedito Gon\u00e7alves apresentar seu voto-vista.<\/p>\n

Informa\u00e7\u00f5es para a imprensa –\u00a0<\/strong>navecomunica
\nLucia Porto, Manoela Tomasi, Mariana Costa,\u00a0Rossana Gradaschi<\/strong>
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